Duas publicitárias cariocas estão na ficha técnica da nova série documental “Sankofa – a África que te habita”, que conta a expedição do fotógrafo afrodescendente César Fraga e do historiador Maurício Barros de Castro à África, em busca da história das culturas africanas no Brasil. São elas a redatora e professora do Ibmec Zil Ribas, que cuidou do roteiro, e a Rozane Braga — profissional de atendimento e de produção — que assumiu a Direção Geral do projeto.
A produção, vale registrar, é da FBL, criada por Rozane e seu marido, o jornalista e também publicitário Fernando Barbosa Lima, morto em 2008. Em 10 episódios, César e Maurício passam por dezenas de cidades e povoados de nove países africanos: Cabo Verde, Senegal, Guiné-Bissau, Gana, Togo, Benim, Nigéria, Angola e Moçambique, em busca de lugares de memória da escravidão. E também pelo Brasil, nas portas de entrada dos africanos escravizados: Rio, Salvador e São Luís do Maranhão.
O nome “Sankofa” se explica. “Volte e pegue” é o significado da palavra em algumas culturas africanas e seu símbolo é um pássaro com a cabeça voltada para trás, imagem aproveitada no logo da série, por representar um retorno ao passado para se compreender melhor o presente e poder, então, construir o futuro.
A série foi exibida no canal de assinatura Prime Box Brazil. Dia 15 de setembro estreia em RTP da África e Portugal e, no final deste mês, entra na grade da Netflix. Aliás, Sankofa foi pré-selecionada e está concorrendo ao prêmio de série do Berlin International TV Series Festival.
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